Finalmente foi assinado o acordo entre o Governo e as empresas de Telecomunicações (Oi, Telefônica, CTBC e Sercomtel) que dá início à fase se operacionalização do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), com um atraso de quase um ano.
O programa prevê o fornecimento de internet em velocidade rápida para famílias de classes C e D, em cidades que não haja a oferta em abundância de internet de alta velocidade. A expectativa do Governo é levar conectividade de 1mbps para residências em todo o território nacional através de fibra óptica distribuída pelas cidades maiores e, quando inviável economicamente – segundo análise da empresa de telecomunicações – a oferta será feita, em mesma velocidade, através de conexão 3G. O preço, fixo, será de R$ 35,00.
A expectativa do Governo é que, nos próximos anos, a velocidade mínima oferecida seja de 5mbps pelo mesmo valor cobrado. As empresas que assinaram o acordo têm até 90 dias para iniciar a fase de operação de testes do programa em algumas cidades selecionadas no Distrito Federal e Goiás.
Pontos positivos do Plano
Muitos consideram efetivamente que a internet é um bem imprescindível para o lazer, comunicação, dia-a-dia, aprendizado e tantas outras coisas, por isso o PNBL terá um papel de inclusão de comunidades pobres na internet, proporcionando também que a conectividade de velocidade rápida chegue em escolas públicas do Norte, Nordeste e Centro-Oeste do Brasil.
Vale-se lembrar também, que a Nova Classe C, resultante do crescimento econômico interno do Brasil, tem um potencial de compra incrível e será um prato cheio para as empresas de e-commerce, que já saboreiam crescimento anual de mercado superior a 30% nos últimos anos, apesar da crise internacional.
Os portais, por sua vez, vislumbrarão um crescimento de audiência e, em consequência, um aumento das assinaturas de seus planos de conteúdo e serviços de valor agregado, já que com a medida milhões de novas famílias acessarão a internet.
Entraves…
A rede de fibras ópticas no Brasil e seus backbones precisam de atualização tecnológica. Especialistas garantem que, atualmente, com a estrutura física nacional, é impossível suprir a demanda destas novas conexões de 1mbps, principalmente sem que haja qualquer tipo de dano aos atuais usuários da rede.
Outro ponto de divergência está nos órgãos de defesa do consumidor, que consideram o acordo inconstitucional, uma vez que não há qualquer tipo de garantia de qualidade das operadoras com relação ao serviço oferecido, seja na capacidade de conexão, garantia de velocidade ou até mesmo atendimento. As empresas se defendem, informando que não poderiam assinar um acordo com garantias já que o Governo não está empregando subsídios no PNBL, sendo o valor cobrado ainda passível de tributação federal.
O avanço tecnológico sai ganhando
Novas gerações serão criadas com o PNBL, onde famílias se acostumarão ao uso do computador em suas rotinas e terão a mesma oportunidade que nós, ou melhor, que você que está lendo este artigo. Poderão, sem sair de acasa, acessar qualquer lugar do mundo e assegurar o seu direito à pluraridade cultural.