O Yahoo já foi muito bombardeado pelo sensacionalismo da mídia durante muito tempo que fica difícil lembrarmos o quão intocável a empresa já foi considerada anos atrás.
A revista Fortune de 1998 destacou a posição dominante em que se encontrava o Yahoo: “O Yahoo ganhou as disputas pelos mecanismos de busca e estava pronto para desbravar novas conquistas”. Parecia até um prefácio alertando à todos nós com uma observação bastante peculiar no artigo: “Vamos deixar de lado, por enquanto, as perguntas de como estará o Yahoo daqui ha 10 anos”. Naquele tempo o Yahoo já possuía um impressionante número de 40 milhões de usuários ao mês. No ano 2000, este número saltaria para 185 milhões.
Toda a mídia encheu-se de retrospectivas, recordações e lições aprendidas – muitas delas concentradas apenas no fracasso do Yahoo em comprar o Facebook e o Google, ou da possibilidade de ser vendido para a gigante Microsoft. Gostaríamos de analisar que toda esse fracasso do Yahoo nos tornaram mais sábios e cautelosos, menos propensos a cometer os mesmos erros em qualquer oportunidade dessa natureza no mundo corporativo. Também trouxeram a reflexão de que, ao testemunhar a suposta morte do Yahoo, seríamos capazes de identificar quando uma empresa que se encontrava em seus tempos de glória, estaria prestes a sofrer uma fragmentação a longo prazo.
Será que isso serve de lição e alerta para as gigantes da tecnologia atualmente? E se algo parecido acontecer com o intangível Google? O Yahoo passou de uma avaliação de mercado estimada em US $ 125 bilhões nos anos 2000 para uma aquisição de US $ 4,83 bilhões pela operadora de telefonia americana Verizon em apenas 16 anos. Para você ter uma ideia do que isso representa, o famoso Uber, por exemplo, hoje vale algo em torno de U$ 65 bilhões.
Poderia este mesmo acontecimento se repetir com o Google, ahem, Alphabet, em 2032?
Definitivamente!
Google em 2016 = Yahoo em 2000? Isto é possível?
Em seus momentos atuais de glória, os números do Google continuam incríveis. Recorde de lucros em 28 de julho de 2016, mais uma vez superando todas as expectativas e os preços das suas ações que continuam subindo (estimado em US $ 82.5 Bilhões). Os investidores ficaram impressionados com o forte crescimento de receita da empresa com publicidade em dispositivos móveis. Aparentemente um sinal de que o Google efetivamente já vinha articulando com o objetivo de atingir o grande mercado de anúncios digitais para dispositivos móveis. Entretanto o que os números mais recentes não mostram é que a empresa está um pouco distante desta nova forma de publicidade, e é nesse exato momento que a mesma deve começar a se preocupar seriamente com o seu futuro.
Sob uma incrível trajetória de sucesso, a indústria de publicidade digital que o Google vem dominando durante muito tempo, caiu em alvoroço com algumas recentes mudanças que o mercado publicitário vinha apresentando. A internet que conhecemos está se tornando cada vez mais ‘móvel’ através dos investimentos em mobile marketing. Diante desta realidade, acaba não ficando bem claro para os investidores de que os acordos publicitários junto ao Google, se manterão em destaque diante de um ambiente cada vez mais dinâmico e competitivo apresentado pelo seu maior concorrente, o Facebook.
Conseguirá o Google evitar o destino sofrido pelo Yahoo?
O Google permanece do lado errado das principais tendências da indústria de publicidade digital. Seu foco ainda está em navegadores e websites em contraste com o avançado envolvimento das grandes marcas em aplicativos e feeds. No entanto, o Facebook, encontra-se do lado certo de todas essas tendências atuais. Poderá o Google alcançá-lo e evitar o acontecimento sofrido pelo Yahoo?
A economista de risco Mary Meeker apresentou um relatório sobre as novas tendências da internet em 2016 que discutem as mudanças comportamentais dos consumidores com a internet. Foi detalhado que apesar do cenário das propagandas e mídias digitais dos aplicativos móveis mostrarem sinais de crescimento, a mídia tradicional ainda foi o grande alvo da maioria dos investidores. Porém o aumento constante no uso dos celulares tem ficando cada vez mais evidente, alertando a imensa industria de marketing digital.
A interrupção dando lugar ao engajamento
É impossível garantir que os visitantes acessem todos os anúncios de publicidade oferecidos pelos sites e desenvolvam alguma intenção de compra e envolvimento através deles. Na verdade, a probabilidade disto acontecer é bem remota. Estes anúncios possuem baixíssimos desempenhos, entupindo as páginas com requisições, pop-ups que pesam bastante o site e arruínam a experiencia dos usuários com o conteúdo oferecido nas páginas com excesso de informações. Estas propagandas interruptivas levam a bloqueios destes anúncios e a insatisfação dos futuros clientes em potencial.
Os anunciantes perceberam a desvantagem deste tipo de anuncio e também que a experiencia dos usuários com o site, definitivamente diminui quando os mesmos sofrem essas interrupções. Daí que surge a consciência em entregar conteúdos com algum valor ou relevância com o objetivo de atingir um publico cada vez mais exigente, engajando o visitante à querer saber ainda mais sobre a marca e o seu conceito.
Substituindo o SEO
O Facebook também potencializa de forma indireta a maneira como as empresas divulgam sua marca, oferecendo conteúdos dinâmicos e investindo em unidades não interruptivas baseadas em feeds dando destaques para as fotos e o conteúdo visual publicado nas redes sociais. Grandes marcas estão aderindo cada vez mais a esta forma de divulgação, aumentando o reconhecimento, gerando demanda e consequentemente impulsionando as vendas da suas marcas.
O Google está ciente desta ameaça e permitiu mais publicidade de conteúdo em sua plataforma ao incluir esse tipo de publicidade em seu negócio de exibição da DoubleClick. Esses novos anúncios, no entanto, são banners mascarados como conteúdos. Isso ignora o verdadeiro apelo da publicidade de conteúdo, que é da mensagem oferecer algum valor agregado para o consumidor final.
De trilhas de navegação para feeds
A resposta do Google para tudo isto é o Accelerated Mobile Pages, ou AMP. Se trata de um ambiente hospedado pelo Google semelhante ao Facebook Instant Articles em que as páginas se carregam rapidamente.
O Google e o seu sistema no entanto se tornam dependentes de usuários que mantem um comportamento bastante peculiar, como aqueles que utilizam os computadores (Desktop), usando ferramentas de busca para sondar informações ou adquirir um determinado produto. Quando se fala em utilização dos dispositivos móveis, o famoso mecanismo de busca acaba dando lugar ao Feed. As pesquisas que normalmente são feitas pelo usuários, acabam virando novas descobertas através destes feeds e compartilhamentos, deixando o Google nesse aspecto um pouco atrás do que o Facebook vem oferecendo.
Google ainda reinará por muito tempo
Ao contrário do Yahoo, o Google tem se mostrado bastante antenado com as novas tendências do mercado de marketing digital, utilizando notáveis tecnologias a seu favor. Porém toda esta mudança requer muito mais do que apenas utilizar modernas engenharias para estar a frente dos seus concorrentes. Estamos falando de uma mudança totalmente cultural, que exige criatividade dos gigantes da tecnologia em inovar a sua forma de apresentar conteúdo relevante, atraindo um público cada vez mais exigente.
Sobre a HostDime
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